Projeto Pedagógico do Curso

O egresso do Curso Superior de Licenciatura em Matemática é um
profissional capaz de entender os diferentes mecanismos cognitivos utilizados no
processo ensino-aprendizagem de Matemática e as variáveis didáticas envolvidas
em tal processo. São professores agentes da transformação em sua escola, sendo
capazes de questionar estratégias e ensino, investigando novas alternativas para
um melhor desempenho de seus alunos. É um profissional capaz de estabelecer
diálogos entre os conhecimentos específicos de sua área de atuação, articulando-o
com outros campos do conhecimento, fazendo conexões com o processo de
vivência que geram a aprendizagem e incrementam sua prática pedagógica.

O currículo do Curso Superior de Licenciatura em Matemática do IF
Farroupilha, de acordo com a CNE/CES 1.302/2001, de forma geral, busca
desenvolver as seguintes competências e habilidades do egresso:
a) capacidade de expressar-se escrita e oralmente com clareza e precisão;
b) capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares;
c) capacidade de compreender, criticar e utilizar novas ideias e tecnologias para a
resolução de problemas;
d) capacidade de aprendizagem continuada, sendo sua prática profissional também
fonte de produção de conhecimento;
e) habilidade de identificar, formular e resolver problemas na sua área de
aplicação, utilizando rigor lógico-científico na análise da situação-problema;
f) estabelecer relações entre a Matemática e outras áreas do conhecimento;
g) conhecimento de questões contemporâneas;
h) educação abrangente necessária ao entendimento do impacto das soluções
encontradas num contexto global e social;
i) participar de programas de formação continuada;
j) realizar estudos de pós-graduação;
k) trabalhar na interface da Matemática com outros campos de saber.
No que se refere às competências e habilidades próprias do educador
matemático, o licenciado em Matemática deverá ter as capacidades de:
a) elaborar propostas de ensino-aprendizagem de Matemática para a educação
básica;
b) analisar, selecionar e produzir materiais didáticos;
c) analisar criticamente propostas curriculares de Matemática para a educação
básica;
d) desenvolver estratégias de ensino que favoreçam a criatividade, a autonomia e a
flexibilidade do pensamento matemático dos educandos, buscando trabalhar com
mais ênfase nos conceitos do que nas técnicas, fórmulas e algoritmos;

e) perceber a prática docente de Matemática como um processo dinâmico,
carregado de incertezas e conflitos, um espaço de criação e reflexão, onde novos
conhecimentos são gerados e modificados continuamente;
f) contribuir para a realização de projetos coletivos dentro da escola básica.

A proposta metodológica do Curso Superior de Licenciatura em Matemática
se inscreve numa concepção crítica e reflexiva do processo educativo
compreendendo que o conhecimento é um princípio imperativo permanente na
formação de professores e que este deve estar enlaçado à prática pedagógica. Os
princípios metodológicos que sustentam a organização da prática pedagógica do
curso são: a indissociabilidade entre a pesquisa, o ensino e a extensão; a
constituição de práticas interdisciplinares; a socialização dos conhecimentos
historicamente construídos pela humanidade com enfoque no campo profissional
do futuro docente em matemática; a relação teoria e prática e a problematização da
realidade.
Perante tais pressupostos, o desafio do cotidiano acadêmico passa,
necessariamente, na articulação e vivência desses princípios. Isso implica na
maneira como a Prática enquanto componente curricular será articulada com os
conhecimentos dos núcleos básico, específico e pedagógico; nas possibilidades de
flexibilidade curricular através das disciplinas eletivas, bem como, nos projetos desenvolvidos ao longo do curso; na busca pela integração com o mundo do
trabalho e na observância da problematização da realidade educacional regional
visando qualificá-la. Neste sentido, estão previstas as seguintes estratégias:
 Projetos interdisciplinares capazes de integrar áreas de conhecimento, de
apresentar resultados práticos e objetivos e que tenham sido propostos pelo
coletivo envolvido no projeto;
 Implementação sistemática, permanente e/ou eventual de cursos de
pequena duração, seminários, fóruns, palestras e outros que articulem os
currículos a temas de relevância social, local e/ou regional e potencializem
recursos materiais, físicos e humanos disponíveis;
 Flexibilização de conteúdos por meio da criação de disciplinas e outros
mecanismos de organização de estudos que contemplem conhecimentos
relevantes, capazes de responder a demandas pontuais e de grande valor
para comunidade interna e externa;
 Previsão de tempo (horas aulas) capaz de viabilizar a construção de
trajetórias curriculares por meio do envolvimento em eventos, projetos de
pesquisa e extensão, disciplinas optativas e outras possibilidades;
 Previsão de espaços para reflexão e construção de ações coletivas, que
atendam a demandas específicas de áreas, cursos, campus e Instituição,
tais como fóruns, debates, grupos de estudo e similares;
 Oferta de intercâmbio entre estudantes de diferentes campi, Institutos e
instituições educacionais considerando a equivalência de estudos.
Os princípios metodológicos dessa proposta têm como pano de fundo a
aprendizagem dos acadêmicos observando os conhecimentos prévios trazidos por
eles.
O ensino no Curso Superior de Licenciatura em Matemática ocorre no
espaço da aula e para além dele, anda de mãos dadas com a pesquisa, seja ela da
realidade escolar ou a pesquisa científica promovida por projetos com fomento
institucional, e se enlaça com as ações de extensão promovidas por projetos,
estágios, cursos e observações participantes. As práticas desenvolvidas no curso, através do ensino, da pesquisa e da extensão visam materializar e ao por á prova
as teorias aprendidas num movimento que se inscreve na teoria dialética.
As disciplinas de Prática enquanto Componente Curricular (PeCC)
perpassam todo o currículo do curso desde o primeiro até o último semestre. As
ementas destas disciplinas, assim como a sequência conceitual adotada, permitem
além da articulação e a interlocução entre as disciplinas dos diferentes núcleos, a
interdisciplinaridade assegurada por meio de normativa interna do Instituto que
prevê o desenvolvimento das disciplinas do PPC de forma colaborativa entre os
professores através de um projeto interdisciplinar a ser elaborado no início de cada
período letivo pelo colegiado do Curso com diferentes estratégias didáticas que
viabilizem o desenvolvimento do mesmo. As estratégias a serem desenvolvidas
são as seguintes:
 Grupos de estudo que permitam o trabalho coletivo e colaborativo entre os
acadêmicos do Curso Superior de Licenciatura em Matemática com enfoque
no trabalho docente efetivo;
 Construção de materiais didáticos que permitam instrumentar os
acadêmicos para o exercício da prática docente;
 Estudo e análise de materiais didáticos relacionados ao Ensino de
Matemática, tais como projetos de ensino, livros didáticos e outros materiais
instrucionais;
 Discussão e análise de programas escolares relacionados à disciplina de
Matemática a luz de teorias educacionais de aprendizagem.
É um desafio constante inserir o acadêmico ao mundo do trabalho, não de
forma a adaptá-lo a este, mas visando que o mesmo possa, problematizar intervir e
transformar a realidade, para isso é necessário discussão, análise, reflexão de
acordo com as demandas e transformações do campo profissional do professor de
matemática.

A Avaliação da Aprendizagem nos cursos do Instituto Federal Farroupilha
segue o disposto no Regulamento da Avaliação do Rendimento Escolar, aprovado
pela resolução n° 04-2010, de 22 de fevereiro de 2010. De acordo com o
regulamento e com base na Lei 9394/96, a avaliação deverá ser contínua e
cumulativa, assumindo, de forma integrada, no processo de ensino-aprendizagem, as funções diagnóstica, formativa e somativa, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
A verificação do rendimento escolar é feita de forma diversificada e sob um
olhar reflexivo dos envolvidos no processo, podendo acontecer através de provas
escritas e/ou orais, trabalhos de pesquisa, seminários, exercícios, aulas práticas,
auto-avaliações e outros, a fim de atender às peculiaridades do conhecimento
envolvido nos componentes curriculares e às condições individuais e singulares do
(a) aluno (a), oportunizando a expressão de concepções e representações
construídas ao longo de suas experiências escolares e de vida. Em cada
componente curricular, o professor deve oportunizar no mínimo dois instrumentos
avaliativos.
A recuperação da aprendizagem deverá ser realizada de forma contínua no
decorrer do período letivo, visando que o (a) aluno (a) atinja as competências e
habilidades previstas no currículo, conforme normatiza a Lei nº 9394/96.
Os resultados da avaliação do aproveitamento são expressos em notas. As
notas deverão ser expressas com uma casa após a vírgula sem arredondamento. A
nota mínima para aprovação é 7,0. Caso o estudante não atinja média 7,0, terá
direito ao exame final. A nota para aprovação após exame é 5,0, considerando o
peso 6,0 para a nota obtida antes do exame e peso 4,0 para a nota da prova do
exame.

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