Projeto Pedagógico do Curso

O profissional licenciado em Física no IF Farroupilha deve possuir uma base teórica, técnica e tecnológica sólida na sua área específica de formação, assim como no campo pedagógico, tendo uma formação humanística e cultural ampla integrada à formação técnica, tecnológica e científica, constituindo a totalidade do sujeito. Como professor, deve ser um profissional intelectual, crítico, ético, reflexivo e pesquisador, comprometido com os eixos integradores entre os conhecimentos de distinta natureza, e com o processo de ensino e aprendizagem, visando à formação de cidadãos capazes de contribuir com as transformações no âmbito local/regional, para um desenvolvimento sustentável na formação de um sujeito autônomo e solidário, apto para o exercício da cidadania e qualificado para o trabalho. Esse profissional da educação deve ter desenvolvido competências para orientar e mediar o processo ensino e aprendizagem nos diferentes espaços, níveis e modalidades de ensino; acolher, respeitar e dialogar com a diversidade cultural, modos de ser e pontos de vista divergentes existentes na comunidade escolar e social; propor e incentivar atividades de enriquecimento social e cultural; desenvolver práticas investigativas; elaborar e executar projetos em educação; utilizar e propor metodologias balizadas pela pesquisa educacional contemporânea, bem como promover o trabalho cooperativo, estando apto a prosseguir seus estudos em programas de formação continuada e pós-graduação de forma propositiva e dinâmica. Seguindo este contexto, o perfil do professor a ser formado pelo IF Farroupilha – Campus São Borja é o de um profissional que se dedique preferencialmente à formação e à disseminação do saber científico em diferentes instâncias sociais, seja por meio da atuação no ensino escolar formal, seja em espaços formativos alternativos. Para atingir esse perfil, o licenciado em Física deve dominar diversos instrumentos didáticos, tais como a utilização de vídeos, softwares, textos e outros meios de comunicação, e utilizar o instrumental (teórico e/ ou experimental) da Física em conexão com outras áreas do saber.

Ainda, o egresso deverá estar habilitado para: 

• Promover o desenvolvimento das competências previstas para os alunos do Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos, a partir da compreensão das expectativas de desenvolvimento e aprendizagem específicos dos alunos dessas etapas da escolaridade;

• Compreender o papel do recorte específico da sua disciplina na área de organização curricular em que se insere;

• Selecionar e organizar conteúdos de sua área/disciplina, de modo a assegurar sua aprendizagem pelos alunos do Ensino Médio Regular e da Educação de Jovens e Adultos a partir de uma sólida formação nos diferentes aspectos de sua área, destacando seu objetivo, seus conteúdos, sua historicidade, seus métodos de investigação;

• Compreender e aplicar o princípio da contextualização do conhecimento escolar como estratégia propiciadora da aprendizagem, selecionando contextos, problemas e abordagens que sejam pertinentes à aprendizagem de cada saber disciplinar e adequada à etapa de desenvolvimento do aluno;

• Trabalhar os temas que são transversais ao currículo do Ensino Médio Regular e da Educação de Jovens e Adultos, tanto em sua área específica como no convívio escolar;

• Compreender as relações entre professor, aluno e saber a ser ensinado e propor/escolher sequências didáticas adequadas ao desenvolvimento e aprendizagem de alunos nessas etapas da escolaridade;

• Planejar e gerenciar o tempo, o espaço e as rotinas escolares, selecionar e usar recursos didáticos adequados e estratégias metodológicas, a partir da compreensão dos temas didáticos como os acima indicados, da observação, da tematização e da reflexão sobre a prática tal como entendida neste documento;

• Analisar as produções dos alunos e interpretar o significado dos “erros”, para fazer intervenções apropriadas que façam os alunos avançarem em suas hipóteses, a partir do conhecimento sobre desenvolvimento e aprendizagem e do confronto entre esse conhecimento e a aplicação de teorias e práticas didáticas;

• Trabalhar com alunos com deficiência, na perspectiva da inclusão, a partir da adaptação curricular das diferentes áreas de conhecimento às necessidades específicas desses alunos.

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Os componentes curriculares do curso de Licenciatura em Física são construídos de forma a articular o desenvolvimento da formação do licenciado em Física através da união de áreas específicas do conhecimento com uma sólida formação na área pedagógica e também uma grande participação em sala de aula, propiciando assim que o futuro professor esteja preparado para apresentar os conteúdos disciplinares relacionados com a Física de forma didática, pedagogicamente apropriada e ainda, hábil a seguir seus estudos através da pesquisa em Física, nas mais distintas áreas. A presença de componentes curriculares do Núcleo Específico, Núcleo Pedagógico e Núcleo Básico asseguram que a formação do Licenciado em Física do Instituto Federal Farroupilha aconteça de forma a articular os diferentes saberes necessários a formação por meio das disciplinas de Práticas de Ensino de Física. 

Neste sentido, as disciplinas de Prática perpassam todo o currículo do curso desde o primeiro até o último semestre. As ementas destas disciplinas, assim como a sequência conceitual adotada, permitem além da articulação e a interlocução entre as disciplinas dos diferentes núcleos, a interdisciplinaridade assegurada por meio de normativa interna do Instituto que prevê o desenvolvimento das disciplinas de Práticas de forma colaborativa entre os professores através de um projeto interdisciplinar a ser elaborado no inicio de cada período letivo pelo colegiado do Curso.  O desenvolvimento do projeto se dará por meio da escolha de uma temática interdisciplinar a ser trabalhada e de diferentes estratégias didáticas que viabilizem o desenvolvimento do mesmo. As estratégias a serem desenvolvidas são as seguintes: • Grupos de estudo que permitam o trabalho coletivo e colaborativo entre os acadêmicos do curso de Licenciatura em Física com enfoque no trabalho docente efetivo; • Construção de materiais didáticos que permitam instrumentar os acadêmicos para o exercício da prática docente; • Estudo e análise de materiais didáticos relacionados ao Ensino de Física, tais como projetos de ensino, livros didáticos e outros materiais instrucionais; • Discussão e análise de programas escolares relacionados à disciplina de física a luz de teorias educacionais de aprendizagem; Além disso, a interdisciplinaridade no Curso de Licenciatura em Física do Instituto Federal Farroupilha está também assegurada por meio da articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão. Neste sentido, a flexibilidade curricular possibilita o desenvolvimento de atitudes e ações empreendedoras e inovadoras, que tenham como enfoque as vivências da aprendizagem para capacitar e para a inserção no mundo do trabalho. Neste sentido, estão previstas as seguintes estratégias: • Projetos interdisciplinares capazes de integrar áreas de conhecimento, de apresentar resultados práticos e objetivos e que tenham sido propostos pelo coletivo envolvido no projeto; • Implementação sistemática, permanente e/ou eventual de cursos de pequena duração, seminários, fóruns, palestras e outros que articulem os currículos a temas de relevância social, local e/ou regional e potencializem recursos materiais, físicos e humanos disponíveis; • Flexibilização de conteúdos por meio da criação de disciplinas e outros mecanismos de organização de estudos que contemplem conhecimentos relevantes, capazes de responder a demandas pontuais e de grande valor para comunidade interna e externa; • Previsão de tempo (horas aulas) capaz de viabilizar a construção de trajetórias curriculares por meio do envolvimento em eventos, projetos de pesquisa e extensão, disciplinas optativas e outras possibilidades; • Previsão de espaços para reflexão e construção de ações coletivas, que atendam a demandas específicas de áreas, cursos, campus e Instituição, tais como fóruns, debates, grupos de estudo e similares; • Oferta de intercâmbio entre estudantes de diferentes campi, Institutos e instituições educacionais considerando a equivalência de estudos.

A Educação Superior é avaliada em âmbito Nacional a partir do Sistema Nacional de Avaliação – SINAES, o qual tem como finalidade a melhoria da qualidade da educação superior, a orientação da expansão da sua oferta, o aumento permanente da sua eficácia institucional e efetividade acadêmica e social e, especialmente, a promoção do aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais das instituições de educação superior, por meio da valorização de sua missão pública, da promoção dos valores democráticos, do respeito à diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e da identidade institucional (Lei n° 10.861/2004). O Sistema Nacional de Avaliação normatiza a avaliação dos cursos superiores através da avaliação do desempenho dos estudantes, avaliação externa de cursos e instituições superiores e a autoavaliação institucional. O desempenho dos estudantes é analisado através do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), elaborado aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, conforme o ciclo de avaliação de cursos, estabelecido por normativa própria, constituindo-se em componente curricular obrigatório dos cursos de graduação. No câmpus São Borja, o ENADE é tratado com seriedade, sendo frequentemente discutida sua importância com os alunos e professores. Em nossa instituição, um projeto especialmente destinado ao ENADE foi adotado, e tem sido utilizado pelos professores através de resolução e aplicação de exercícios, conteúdos e outros aspectos importantes para a formação e bom desempenho do aluno durante seu curso de graduação. A avaliação externa de cursos tem como objetivo avaliar as condições do curso para o seu reconhecimento e/ou renovação de reconhecimento, resultando em ato de reconhecimento ou renovação de reconhecimento. Já a avaliação externa de instituições tem o objetivo de avaliar as condições para a oferta de ensino superior, resultando em ato de credenciamento ou recredenciamento para a oferta de ensino superior. Para isso, é fundamental tanto para o curso quanto para a instituição oferecer ao aluno a estrutura pedagógica, específica e física na qual o aluno consiga construir as diferentes tarefas do ensino necessárias para sua formação, e uni-las para sua concepção da importância no papel como educador. A Autoavaliação Institucional é realizada institucionalmente, no âmbito da Comissão Própria de Avaliação – CPA, com vistas a avaliar o desenvolvimento institucional e reorientar o planejamento,quando necessário, a fim de garantir a qualidade da educação ofertada. Reuniões mensais com o colegiado do curso são essenciais para garantir a qualidade do ensino e da formação dos alunos, bem como discutir e avaliar possíveis melhorias em diferentes setores, desde a parte pedagógica até a parte estrutural dos prédios e salas de aula. Os resultados da avaliação externa dos cursos superiores e da autoavaliação institucional são utilizados como subsídio para a avaliação do curso no âmbito do Núcleo Docente Estruturante, Colegiado de Curso e do respectivo Grupo de Trabalho, em conjunto com a Direção Geral e de Ensino, para fins de realização de melhorias contínuas, bem como a Pró-Reitoria de Ensino, que junto aos anteriormente citados, deve desenvolver ações periódicas com vistas à informação e divulgação dos resultados da Avaliação do Ensino Superior, promovendo ações de valorização e melhoria dos resultados, quando necessário.

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