Projeto Pedagógico do Curso

O perfil do egresso do Curso Superior de Bacharelado em Enfermagem é um profissional de nível superior, integrante da equipe de saúde, regido pela Lei nº 7.498/86 do exercício profissional de Enfermagem, que está habilitado a executar ações, dentro de suas atribuições legais, de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação no processo de saúde-doença individuais e coletivas, desenvolvendo competências fundamentadas nos níveis de conhecimento técnico, científico, ético, político e educacional. A proposta político-pedagógica do curso busca formar enfermeiros críticos e reflexivos, que buscam compreender o indivíduo de maneira integral e inserido na comunidade, capazes de intervir no que diz respeito à enfermagem, utilizando raciocínio clínico e evidências científicas para a prática, em prol da promoção da saúde dos indivíduos e da coletividade. 

Ao final do curso, o Egresso será um profissional com formação humanista na enfermagem e que deverá ter construído as seguintes competências profissionais:

I – Respeitar a vida humana, considerando as circunstâncias sociais, éticas e educacionais e os aspectos emocionais e físicos envolvidos na intervenção em saúde.

II - Atuar profissionalmente compreendendo a natureza humana em suas dimensões, em suas expressões e fases evolutivas.

III – Desenvolver suas atividades com objetividade, preparado para tomar decisões com competência e pautadas em evidências.

IV – Adotar uma atitude questionadora, utilizando o método científico para a resolução de problemas, considerando o avanço científico e tecnológico, e a perspectiva de novas situações e adaptações no contexto da assistência à saúde.

V – Refletir suas práticas, considerando o contexto no qual se insere o cuidado, de forma ética e humanista.

VI - Pautar suas atividades na ética, em princípios e valores, centrados na Lei do Exercício Profissional e no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, entre outras diretrizes.

VII - Conhecer e intervir no perfil epidemiológico nacional, regional e local.

VIII - Promover saúde integral do ser humano.

IX - Gerenciar atividades pertinentes à enfermagem, como: planejamento da programação de saúde, elaboração de planos assistenciais, participação em projetos, programas de assistência integral, programas de treinamento e desenvolvimento de tecnologias.

X – Atender as demais competências previstas nas Diretrizes Nacionais para o Curso de Graduação em Enfermagem.

No IFFar, os egressos terão além da formação profissional em Enfermagem, formação para atuar em sociedade de maneira comprometida com o desenvolvimento regional sustentável, reconhecendo-se como sujeito em constante formação, por meio do compartilhamento de saberes no âmbito do trabalho e da vida social (PDI IFFar, 2019-2026, p. 56).

 

 A formação nos Curso Superior de Bacharelado de Enfermagem do IFFar contempla um curso generalista, de formação científica ou humanística, que confere ao diplomado competências no campo das ciências humanas para ao exercício da atividade profissional, a partir de sólida formação científica e tecnológica, integrando a formação teórica e prática a partir de estreito contato com o mundo do trabalho.

O calendário acadêmico dos Cursos Superiores de Graduação prevê mínimo de 100 (cem) dias de trabalho acadêmico efetivo por semestre, excluído o tempo destinado aos exames finais. Cada período letivo do calendário dos Cursos Superiores de Graduação contempla, no mínimo, 18 (dezoito) semanas destinadas ao desenvolvimento da carga horária das disciplinas e 02 (duas) semanas de trabalho acadêmico efetivo, destinadas ao desenvolvimento de atividades acadêmicas e científico-culturais, no âmbito do curso.

Entende-se por trabalho acadêmico efetivo as atividades previstas na proposta pedagógica, que implicam em atividades acadêmicas e/ou trabalho discente efetivo com supervisão do docente, tais como: aulas; atividades práticas supervisionadas e orientadas em laboratórios e em instituições externas de saúde, atividades em biblioteca, trabalhos individuais e em grupo, práticas de ensino, estágios curriculares, prática profissional integrada, semanas acadêmica, mostras científicas, eventos culturais, palestras, entre outros. A carga horária mínima dos Cursos Superiores de Graduação é mensurada em horas (60 minutos) de atividades acadêmicas e de trabalho discente efetivo. Sendo que cada hora aula deve ser composta de 50 (cinquenta) minutos de aula e 10 (dez) minutos de trabalho discente efetivo, orientado e controlado pelo docente. Portanto, da carga horária total de cada disciplina, 20% serão contabilizadas como trabalho discente efetivo, devendo constar no Plano de Ensino da disciplina e ser registrado no diário de classe. São consideradas atividades de trabalho discente efetivo no IFFar: I - estudos dirigidos, individuais ou em grupo; II - leitura e produção de textos científicos e trabalhos acadêmicos; III - produção de materiais/experimentos; IV - intervenção prática na realidade; V - visitas de estudo a instituições na área do curso; VI - consultas a bibliotecas e centros de documentação; VII - visitas a instituições educacionais e culturais; VIII - outras atividades, desde que relacionadas à natureza do conhecimento do componente curricular ao qual se vinculam. Para integralização curricular, o estudante deverá:

1) ser aprovado em todos os componentes curriculares obrigatórios.

2) cumprir a carga horária mínima de Atividades Complementares mediante comprovação junto à Coordenação do Curso;

3) realizar o Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório; e,

4) obter aprovação no Trabalho de Conclusão de Curso conforme regulamentação própria.

 As disciplinas teóricas e as práticas educativas desenvolvidas de forma articulada, ao longo do curso, deverão utilizar metodologias que estimulem a observação, a criatividade e a reflexão, que evitem a apresentação de soluções prontas e busquem atividades que desenvolvam habilidades necessárias para solução de problemas. Ao acadêmico, devem ser apresentados desafios que retratem a realidade de cidadão e profissional.

O uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) constituem outra forma metodológica a ser utilizada no contexto educacional. Assim, do mesmo modo que o currículo tem como uma de suas metas básicas o domínio da leitura e da escrita para empregá-las no desenvolvimento pessoal e profissional, na convivência, no contexto sociocultural e no pleno exercício da cidadania, hoje também é necessário que o currículo abarque os letramentos digitais e midiáticos de modo que crianças, jovens e adultos possam ler, escrever e aprender empregando as múltiplas linguagens de comunicação e expressão propiciadas pelas TDIC e mídias por elas veiculadas.

A informática vem ganhando espaço no âmbito educacional como um recurso didático pedagógico no processo da construção do conhecimento. Sendo assim, a construção do conhecimento deve perpassar pela apropriação e incorporação do uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC), proporcionando aos docentes e estudantes novas possibilidades, potencializando o processo ensino-aprendizagem. Nesse sentido, a criação de ambientes de aprendizagem interativos por meio das TDIC impulsiona novas formas de ensinar, aprender e interagir com o conhecimento e com o contexto local e global, propicia o desenvolvimento da capacidade de dialogar, de representar o pensamento, de buscar, de selecionar informações e de construir conhecimentos.

A organização didático pedagógica do Curso Superior de Bacharelado em Enfermagem prevê em cada semestre a conclusão dos componentes curriculares teóricos antes das atividades práticas, tendo em vista a necessidade de embasamento teórico para o pleno desenvolvimento e aproveitamento da mesma. A interdisciplinaridade e a construção do raciocínio crítico devem ser construídas pelo uso de técnicas metodológicas que tragam a realidade educacional para a sala de aula, proporcionando reflexão, discussão e avaliação, para a construção do conhecimento. Nesse intuito, desde o primeiro semestre do curso, as práticas profissionais são integradas dentro de, pelo menos, três componentes curriculares. A Prática Profissional Integrada será desenvolvida ao longo do curso a partir de um planejamento prévio desenvolvido pelo Colegiado do Curso em conjunto com os professores que ministram aulas no semestre, a fim de oportunizar vivências na área do curso aos discentes. O currículo e a metodologia poderão sofrer adaptações ou flexibilização, de acordo com o diagnóstico de discentes com necessidades educacionais específicas, a fim de garantir o processo de ensino-aprendizagem a todos os estudantes do curso, praticando-se assim a educação inclusiva. A metodologia não deve ser trabalhada de forma amadora ou isolada em cada componente curricular, o professor deve documentar, registrar, refletir, discutir acerca do processo com a coordenação e assessoria pedagógica para que o método produza efeitos reais e se torne objeto de pesquisa para possíveis aprimoramentos. 

Para que o aluno desenvolva um senso crítico, uma postura emancipatória enquanto sujeito no processo ensino-aprendizagem, e, consequentemente, venha a ser um profissional preparado para à transformação social, é imprescindível que as disciplinas desenvolvam vínculos entre si, de forma a promover a interdisciplinaridade em ações conjuntas, tomando cuidado para evitar sobreposição de conteúdos programáticos. As atividades de trabalho discente efetivo, oportunidades de mobilidade acadêmica, realização de práticas profissionais, assim como as atividades complementares são estratégias metodológicas no processo de ensino-aprendizagem para assegurar a interdisciplinaridade. Estas estratégias metodológicas são concretizadas através do incentivo à participação em oficinas, seminários e simpósios na área, oportunidades de promoção de palestras, eventos acadêmicos e grupos de discussão, além da realização de estágios e cursos que complementem a formação do Bacharel em Enfermagem.

 

Para o constante aprimoramento do curso, são considerados, no curso Superior de Bacharelado em Enfermagem, resultados de avaliações internas e externas. Como indicadores externos são considerados os resultados de avaliações in loco do curso e do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), caso o curso seja contemplado. Para avaliação interna, o curso considera o resultado da autoavaliação institucional, a qual engloba as áreas do ensino, da pesquisa e da extensão, com o intuito de considerar o todo da instituição. Ainda, os estudantes têm a oportunidade de avaliar os componentes curriculares cursados em cada semestre, bem como as ações da coordenação do curso.

Os resultados dessas avaliações externas e internas são debatidos pela coordenação, juntamente com o NDE, colegiado, corpo docente e estudantes do curso, além da assessoria pedagógica do Campus. Com esse acompanhamento constante, busca-se aperfeiçoar as atividades de ensino e melhoria das fragilidades observadas, com vistas ao incremento na qualidade do curso.

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