Projeto Pedagógico do Curso

Conforme as diretrizes curriculares nacionais definidas na Resolução no 5, de 16 de novembro de 2016, espe-
ra-se que os egressos em Ciência da Computação:

• Tenham conhecimento das questões sociais, profissionais, legais, éticas, políticas e humanísticas;

• Compreendam o impacto da computação e suas tecnologias na sociedade no que concerne ao atendimento e à
antecipação estratégica das necessidades da sociedade;

• Sejam dotados de visão crítica e criativa na identificação e resolução de problemas contribuindo para o desen-
volvimento de sua área;

• Possuam capacidade de atuar de forma empreendedora, abrangente e cooperativa no atendimento às deman-
das sociais da região onde atua, do Brasil e do mundo;

• Possuam capacidade de utilizar racionalmente os recursos disponíveis de forma transdisciplinar;

• Compreendam as necessidades da contínua atualização e aprimoramento de suas competências e habilidades;

• Possuam capacidade de reconhecer a importância do pensamento computacional na vida cotidiana, como tam-
bém sua aplicação em outros domínios e ser capaz de aplicá-lo em circunstâncias apropriadas;

• Possuam capacidade de atuar em um mundo globalizado do trabalho.

• Possuam sólida formação em Ciência da Computação e Matemática que os capacitem a construir aplicativos de propósito geral, ferramentas e infraestrutura de software de sistemas de computação e de sistemas embarcados, gerar conhecimento científico e inovação e que os incentivem a estender suas competências à medida que a área se desenvolva;

• Possuam visão global e interdisciplinar de sistemas e entendam que esta visão transcende os detalhes de im-
plementação dos vários componentes e os conhecimentos dos domínios de aplicação;

• Conheçam a estrutura dos sistemas de computação e os processos envolvidos na sua construção e análise;

• Conheçam os fundamentos teóricos da área de Computação e como eles influenciam a prática profissional;

• Sejam capazes de agir de forma reflexiva na construção de sistemas de computação por entender que eles atingem direta ou indiretamente as pessoas e a sociedade;

• Sejam capazes de criar soluções, individualmente ou em equipe, para problemas complexos caracterizados por
relações entre domínios de conhecimento e de aplicação;

• Reconheçam que é fundamental a inovação e a criatividade e entendam as perspectivas de negócios e oportu-
nidades relevantes.

• Resolver problemas computacionais propondo soluções algorítmicas e implementá-las em vários níveis de
complexidade e em multiplataformas;

• Desenvolver sistemas de computação empregando teorias, processos, métodos e ferramentas adequadas vi-
sando à qualidade de processo e produto;

• Desenvolver projetos de qualquer natureza em equipes multidisciplinares;

• Implantar sistemas computacionais;

• Gerenciar infraestrutura computacional, incluindo projeto, implantação e manutenção;

• Aprender contínua e autonomamente sobre métodos, instrumentos, tecnologias de infraestrutura e domí-
nios de aplicação da computação;

• Desenvolver estudos avançados visando o desenvolvimento científico e tecnológico da computação e a cria-
ção de soluções computacionais inovadoras para problemas em qualquer domínio de conhecimento.

A metodologia utilizada no desenvolvimento do curso de bacharelado em Ciência da Computação prevê a integração do ensino, pesquisa e extensão, o atendimento aos objetivos do curso e o perfil do egresso. Entende-se que a atividade profissional não se apresenta de forma fragmentada, mas de forma complexa e diversa. Neste sentido o curso deve contemplar essa unicidade tendo o seu desenvolvimento pautado na interdisciplinaridade. Dessa forma, além da organização curricular alinhada a essa perspectiva, por meio das disciplinas eletivas, das práticas profissionais integradas, das atividades complementares e do trabalho de conclusão de curso, o trabalho docente contribuirá para contemplar a atuação coletiva.

Essa alternância de tempos e espaços de formação propiciará uma formação que não distingue a formação teórica da prática, mas onde ambas serão complementares, contempladas pelas práticas profissionais integradas e atividades complementares. Para isso serão estimuladas as viagens de estudo e visitas técnicas, nas quais os acadêmicos poderão conhecer outras realidades permitindo que tenham ampliados os seus horizontes de atuação.

Tendo em vista a formação de um profissional preparado parado para os conhecimentos teórico-práticos visando
uma melhor qualificação para o desempenho profissional de forma reflexiva e ética, o curso e Bacharelado em Ciência da Computação tem como pressuposto pedagógico ser realizado por meio de metodologias que valorizam a aprendizagem do aluno em processo de construção, envolvendo o desenvolvimento de competências de forma a considerar conhecimentos, habilidades e atitudes no processo.

Assim, os planos de ensino serão concebidos de forma dialogada a cada semestre, procurando construir sinergia
nas atividades, sejam elas de ensino, pesquisa ou extensão. São exemplos de metodologias utilizadas pelo curso em seus planos de ensino:

• Aula dialogada – aquela que permite valorização da troca e dos acréscimos de informações pelos alunos e
professor, implicando posicionamento e participação ativa de todos na sala;

• Aula expositiva – aquela que permite ao educador expor conteúdos, ideias e informações;

• Estudos de caso – atividade investigativa de casos, situações e questões direcionadas para compreensão de
problemas gerais ou específicos que requer interpretação, assimilação para trabalhar a capacidade de fazer
analogias de situações reais;

• Visitas técnicas – atividade de observação, de verificação de materiais e métodos com finalidade de elaborar
relatório técnico–científico ou outro instrumento de registro;

• Seminários – oportunizar ao aluno mostrar as leituras e análises elaboradas de modo individual ou em grupo;

• Dinâmica de grupo – permite analisar o potencial de cada um ou do grupo para a concretização de tarefas
propostas e permite explorar competências comportamentais e colocar os estudantes diante de situações
simuladas, refletindo sobre suas ações;

• Atividades extraclasses – valorização de atividades que complementem o conhecimento trabalhado na sala
de aula;

• Atividades individuais ou em grupo – valorização da produção-criação do aluno de modo individual ou em
grupo

• Atividades em laboratório – aprender a trabalhar em laboratório ou em rede problemas gerais ou específicos
à área de formação.

Ressalta-se que os acadêmicos serão estimulados a engajarem-se em projetos de pesquisa e extensão que
garantam uma formação mais próxima da realidade onde atuarão profissionalmente e da comunidade regional.
Os estudantes devem realizar obrigatoriamente um conjunto de atividades complementares (acadêmico
científico-culturais) relacionadas ao perfil profissional do curso.

De forma a proporcionar uma maior integração entre a formação teórica e prática serão trabalhadas as Prá
ticas Profissionais Integradas (PPI). Neste tipo de metodologia o estudante estará integrando seus saberes
teóricos e práticos e explorando situações relacionadas com sua inserção no mercado de trabalho. Da mesma
forma, a Prática Profissional Integrada explora a extensão como princípio indissociável do ensino e da pesquisa,
engajando o estudante em questões que perpassam os espaços institucionais.

No que se referem à flexibilização curricular, entre um conjunto de disciplinas, denominadas de eletivas, os
estudantes construirão seu itinerário formativo de acordo as áreas em que pretendem atuar ou das quais des
pertam maior interesse.

Visando contemplar as diferenças, o curso valorizará os saberes desenvolvidos pelos estudantes, contem
plando estratégias de inclusão, tanto das dificuldades de aprendizagem e necessidades especiais, como àqueles
que apresentam altas habilidades/superdotação, as mesmas serão definidas pelo Colegiado do Curso com
apoio do Núcleo Pedagógico do IF Farroupilha, Campus Frederico Westphalen, assim que forem identificadas.

O curso de Bacharelado em Ciência da Computação é avaliado em âmbito Nacional a partir do Sistema Nacional de Avaliação – SINAES, o qual tem como finalidade a melhoria da qualidade da educação superior (Lei no 10.861/2004).
O SINAES normatiza a avaliação da educação superior a partir de três perspectivas:
I. Avaliação de desempenho dos estudantes;
II. Avaliação Externa de Cursos Superiores e Instituições;
III. Auto Avaliação Institucional.
A avaliação de desempenho dos estudantes é realizada através do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE, elaborado e aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), estabelecido por normativa própria.

A avaliação externa de Cursos Superiores tem como objetivo avaliar as condições do Curso para o seu reconhecimento e/ou renovação de reconhecimento. Enquanto que, a avaliação externa de Instituições avalia as condições para a oferta de ensino superior, resultando em ato de credenciamento ou recredenciamento para a oferta de ensino superior.

A autoavaliação Institucional é realizada no âmbito da Comissão Própria de Avaliação (CPA), a qual tem por finalidade a implementação do processo de autoavaliação do IF Farroupilha, a sistematização e a prestação das informações solicitadas pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES). A CPA é constituída por uma Comissão Central, na Reitoria, e uma Comissão Local, em cada Campi.

A autoavaliação institucional é uma atividade que se constitui em um processo de caráter diagnóstico, formativo e de compromisso coletivo, que tem por objetivo identificar o perfil institucional e o significado de sua atuação por meio de suas atividades relacionadas ao Ensino, Pesquisa e Extensão, observados os princípios do SINAES, e as singularidades do IF Farroupilha Campus Frederico Westphalen.

Os resultados da avaliação externa dos Cursos superiores e da autoavaliação institucional devem ser utilizados como subsídios para a avaliação do Curso no âmbito do Núcleo Docente Estruturante, Colegiado de Curso e do respectivo Grupo de Trabalho, em conjunto com a Direção Geral e de Ensino, para fins de realização de melhorias contínuas (Art. 69, Resolução CONSUP n. 13/2014).

A autoavaliação é um processo contínuo por meio do qual o Curso dialoga sobre sua própria realidade para melhorar a sua qualidade. Para tanto, busca informações e analisa dados, procurando identificar fragilidades e potencialidades pertinentes ao seu funcionamento.

O curso de Bacharelado em Ciência da Computação tomará como indicativos para a realização do processo de autoavaliação os seguintes aspectos:

 Análise do Projeto Político-Pedagógico do Curso realizado pelo Núcleo Docente Estruturante;

 Avaliação da infraestrutura;

 Desenvolvimento de atividades de Pesquisa e Extensão;

 Aprimoramento constante de docentes.

Após o processo de autoavaliação do Curso, algumas ações podem ser efetuadas para possíveis melhorias, dentre estas:

 Discussão e análise de questionários aplicados pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) do Campus Frederi-
co Westphalen.

 Discussão de linhas e grupos de pesquisa e de extensão do Curso.

 A análise e adequação das dimensões e dos indicadores de avaliação de Curso utilizados pelo INEP;

 A análise das provas do ENADE realizadas recentemente.

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